Conclusão do inquérito aponta crimes graves cometidos pela mãe da vítima
A Polícia Civil de Alagoas concluiu o inquérito que apurava a morte da recém-nascida Ana Beatriz Silva de Oliveira, ocorrida em abril, no município de Novo Lino. A Seção Antissequestro da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) conduziu a investigação.
Como resultado das apurações, a mãe da vítima foi formalmente indiciada pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e comunicação falsa de crime.
Laudos periciais não sustentam tese de infanticídio
Segundo a Polícia Civil, até o momento não há indícios técnicos, médicos ou psicológicos que justifiquem o enquadramento da conduta no crime de infanticídio. Isso porque o laudo pericial ainda não comprovou perturbação psíquica associada ao estado puerperal, condição que poderia alterar a tipificação penal do caso.
Exames indicam possível manipulação do corpo de Ana Beatriz
Laudos emitidos pelo Instituto Médico Legal (IML) e pelo Instituto de Criminalística (IC) apontaram inconsistências no estado de conservação do corpo da recém-nascida. Os exames apontaram que o cadáver não poderia ter permanecido no local onde foi encontrado por mais de quatro dias, como alegado.
Essa discrepância reforça a suspeita de que o corpo tenha sido mantido em outro ambiente, possivelmente refrigerado, antes de ser ocultado em um armário. Por esse motivo, a investigação segue em andamento para apurar se houve participação de terceiros na ocultação ou em outras etapas do crime.
Polícia reforça compromisso com a elucidação do caso
Os delegados Igor Diego e João Marcello, responsáveis pela investigação, afirmaram que a Polícia Civil segue comprometida com uma apuração rigorosa e técnica dos fatos. Os delegados destacaram que continuarão investigando o caso mesmo após o indiciamento e que realizarão novas diligências até identificar todos os possíveis envolvidos.