Por que a Páscoa é sempre celebrada no domingo? Entenda a origem e o significado da data cristã A celebração da ressurreição de Jesus Cristo, sempre realizada aos domingos, tem fundamento bíblico, histórico e teológico. A data foi definida oficialmente no Concílio de Niceia.

A Páscoa, uma das mais importantes e sagradas celebrações do cristianismo, é sempre comemorada em um domingo — e essa escolha não é aleatória. Segundo a tradição cristã, foi justamente em um domingo que Jesus Cristo ressuscitou, três dias após ter sido crucificado.

Por essa razão, a celebração da ressurreição ocorre sempre nesse dia da semana, independentemente da data exata da morte de Cristo. Mais do que uma convenção, o domingo carrega um profundo simbolismo religioso e histórico.

Desde os tempos dos primeiros cristãos, o domingo passou a ser visto como o “primeiro dia da nova criação”, uma renovação espiritual que se contrapõe ao sábado judaico, que representa o descanso de Deus após a criação do mundo. Dessa forma, a ressurreição no domingo representa um novo começo, a vitória da vida sobre a morte, e o renascimento da esperança frente ao sofrimento.

A definição oficial da data da Páscoa foi estabelecida no Concílio de Niceia, realizado no ano 325. Desde então, convencionou-se que a festividade cristã seria celebrada no primeiro domingo após a primeira lua cheia que ocorre após o equinócio de outono (no hemisfério sul) ou de primavera (no hemisfério norte).

É esse cálculo que explica por que a data da Páscoa varia a cada ano, podendo ocorrer entre os dias 22 de março e 25 de abril — mas sempre, invariavelmente, em um domingo.