Óleo de uso diário no Brasil pode estar relacionado a câncer agressivo, indica estudo Pesquisa americana indica que ácido presente em óleos vegetais pode estimular crescimento de tumores de mama triplo negativo; especialistas recomendam cautela.

Óleo de uso diário no Brasil pode estar relacionado a câncer agressivo, indica estudo Pesquisa americana indica que ácido presente em óleos vegetais pode estimular crescimento de tumores de mama triplo negativo; especialistas recomendam cautela.

Estudo liga óleo vegetal comum no Brasil a crescimento de câncer de mama agressivo

Um estudo publicado na renomada revista científica Science associou o ácido linoleico — gordura presente em óleos vegetais amplamente consumidos no Brasil, como o óleo de soja — ao crescimento de tumores do tipo triplo negativo, um dos subtipos mais agressivos do câncer de mama.

A pesquisa foi conduzida por cientistas da Weill Cornell Medicine, nos Estados Unidos, e revelou que o ácido linoleico pode ativar a via mTORC1, responsável por estimular o crescimento celular, especificamente em células tumorais desse tipo de câncer.

Os resultados foram obtidos tanto em culturas celulares em laboratório quanto em testes com camundongos alimentados com uma dieta rica em ácido linoleico. Nestes casos, houve aumento da proteína FABP5 e aceleração do crescimento dos tumores.

“Essa descoberta ajuda a esclarecer a relação entre gorduras da dieta e o câncer”, afirmou o Dr. John Blenis, autor sênior do estudo.

 Especialistas pedem cautela

Apesar dos achados, especialistas ressaltam que a pesquisa não estabelece uma relação de causa e efeito definitiva entre o consumo de óleos vegetais e o desenvolvimento do câncer de mama. O professor Justin Stebbing, da Universidade Anglia Ruskin, destacou que o estudo é relevante, mas que não há motivo para pânico.

“O estudo mostra uma ligação plausível, mas não prova que óleos de cozinha causam câncer de mama. O importante é manter a moderação e adotar uma dieta equilibrada”, explicou Stebbing.

Redação

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