Mãe de bebê sequestrada em Alagoas altera depoimento: ‘Não houve carro, nem outras pessoas’, afirma delegado O delegado João Marcelo afirmou que nenhuma hipótese está sendo descartada, inclusive a possibilidade de tráfico de pessoas, embora esse tipo de crime não seja comum no estado.

A mãe da recém-nascida sequestrada na última sexta-feira (11) em Novo Lino, interior de Alagoas, alterou o depoimento prestado inicialmente à polícia. A informação foi confirmada na manhã desta segunda-feira (14) pelo delegado Igor Diego, responsável pelo caso.
Ana Beatriz Silva de Oliveira, com pouco mais de 15 dias de vida, está desaparecida desde então, e as buscas seguem intensas por parte da Polícia Civil. Até o momento, não há pistas concretas sobre o paradeiro da bebê.
Segundo o delegado, Eduarda Silva de Oliveira, mãe da criança, mudou a versão dos fatos após a polícia confrontar as informações fornecidas por ela e por outros familiares.
“Tivemos uma situação inusitada: a mãe mudou completamente a versão que havia apresentado. Por enquanto, não podemos divulgar os detalhes dessa nova versão, pois isso comprometeria as diligências em andamento. Hoje é um dia crucial para as investigações — acreditamos que ele poderá trazer respostas sobre o que realmente aconteceu”, disse Igor Diego.
A primeira versão
No depoimento inicial, Eduarda afirmou que foi abordada por quatro pessoas em um carro, enquanto aguardava em um ponto de ônibus. Segundo ela, três homens e uma mulher estavam no veículo e tomaram o bebê à força.
“Eu saí de casa com ela para atravessar a pista, e esse carro já vinha devagar. Quando percebi que estavam reduzindo a velocidade, desconfiei. Foi quando a mulher no banco do passageiro abriu o vidro e disse: ‘Se você der mais um passo, eu atiro’. Fiquei paralisada. Dois homens encapuzados desceram do carro e arrancaram a menina dos meus braços. Entraram no carro rapidamente e fugiram”, relatou Eduarda na ocasião.
Investigação em andamento
O delegado João Marcelo afirmou que nenhuma hipótese está sendo descartada, inclusive a possibilidade de tráfico de pessoas, embora esse tipo de crime não seja comum no estado.
O nome da bebê foi incluído, ainda na sexta-feira (11), no sistema internacional de alerta de desaparecimentos “Amber Alert”, uma ferramenta do Ministério da Justiça e Segurança Pública que amplia a divulgação de casos de desaparecimento de crianças e adolescentes.
As autoridades seguem em diligência na tentativa de localizar Ana Beatriz e esclarecer o que de fato aconteceu.
Texto produzido por estagiário sob supervisão editorial.