Familiares bloqueiam AL-101 em protesto por jovem desaparecida em Maceió No curso das investigações, a Polícia Civil identificou uma transferência via Pix de R$ 20, feita no dia anterior ao desaparecimento.

Família de adolescente desaparecida protesta na AL-101 e cobra respostas das autoridades
Manifestação aconteceu na tarde desta segunda (28), nas proximidades da Garça Torta, em Maceió
Familiares e amigos da estudante Ana Beatriz de Moura, de 15 anos, realizaram um protesto na tarde desta segunda-feira (28), bloqueando parcialmente a rodovia AL-101 Norte, na altura do bairro Garça Torta, em Maceió. A manifestação teve como objetivo pressionar as autoridades por respostas sobre o desaparecimento da jovem, que ocorreu no dia 8 de abril.
Aluna do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), Ana Beatriz foi vista pela última vez ao embarcar em uma motocicleta de aplicativo no bairro do Poço, por volta das 12h47. O destino era justamente a região onde ocorre o protesto e onde se concentram as buscas: Garça Torta. Câmeras de segurança registraram o momento em que a adolescente entrou na moto, mas desde então não houve mais notícias sobre seu paradeiro.
O horário e o trajeto chamaram a atenção da família e da polícia. De acordo com os pais, Ana costumava sair da escola por volta das 16h30. No dia do desaparecimento, no entanto, ela deixou o campus quatro horas mais cedo, sem avisar ninguém.
Suspeito preso e transferências financeiras levantam dúvidas
No curso das investigações, a Polícia Civil identificou uma transferência via Pix de R$ 20, feita no dia anterior ao desaparecimento. O valor teria sido enviado por um açougueiro a pedido de um homem de 43 anos, preso preventivamente no último sábado (12). Ele é considerado o principal suspeito no caso.
O homem, que frequentava a mesma igreja da mãe de Ana Beatriz, alegou em depoimento que mantinha contato com a adolescente por já tê-la acolhido em sua casa anteriormente. Ele afirmou que a ajudava financeiramente para pequenas despesas, como a compra de lanches, e negou qualquer envolvimento afetivo com ela.
Apesar disso, a família contesta a versão apresentada, especialmente devido à proximidade entre o local do desaparecimento e a chácara onde o suspeito reside. Relatos de moradores indicam que a jovem foi vista na companhia do suspeito cerca de duas semanas antes de desaparecer.
Buscas em Guaxuma não têm resultado
Na sexta-feira (25), uma denúncia anônima levou a polícia e familiares a realizarem novas buscas na Praia de Guaxuma, após informações de que o corpo de Ana Beatriz poderia estar em um poço, localizado dentro de uma casa abandonada. A ação mobilizou equipes, mas terminou sem novidades.
Família promete continuar mobilizada
O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil, que ainda não confirmou a motivação do desaparecimento. Enquanto isso, os familiares prometem continuar com as mobilizações e protestos até que Ana Beatriz seja localizada e os responsáveis, devidamente identificados e punidos.