Política

El Salvador superou a marca de 900 dias sem registrar homicídios desde que o presidente Nayib Bukele assumiu o poder, em junho de 2019. O dado, divulgado pelo próprio governo, é atribuído a uma política de segurança rigorosa que vem transformando o cenário da violência no país centro-americano.

Entre as principais estratégias adotadas está o Plano Controle Territorial, que intensificou a presença de forças policiais e militares em áreas dominadas por facções criminosas, como a MS-13 e a Barrio 18. Em março de 2022, foi decretado um regime de exceção, ainda em vigor, que permite prisões sem mandado judicial e outras ações emergenciais.

Segundo dados oficiais, mais de 79 mil pessoas foram presas sob suspeita de envolvimento com o crime organizado desde o início do regime. O governo afirma que tais medidas foram fundamentais para a expressiva queda nos índices de violência.

Apesar dos resultados, a política de segurança de Bukele tem sido alvo de críticas de organizações de direitos humanos e opositores, que denunciam possíveis violações legais e abusos durante as operações. Ainda assim, pesquisas de opinião indicam que a maioria da população aprova as ações do governo.

O modelo de segurança de El Salvador tem chamado atenção além das fronteiras. Autoridades de outros países latino-americanos e até do Brasil observam de perto o sucesso atribuído às medidas. Um dos exemplos mais recentes é o do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), que visitou o país para conhecer pessoalmente as políticas aplicadas.

A visita de Paes, em um momento de articulações políticas que apontam para sua possível candidatura ao governo do estado em 2026, foi interpretada como uma tentativa de associar sua imagem a um modelo de segurança considerado eficaz por grande parte da população salvadorenha.

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