Comerciantes de Rio Largo organizam petição para impedir eventos religiosos A tradicional Festa da Padroeira de Rio Largo, celebrada em 8 de dezembro, é considerada Patrimônio Imaterial de Alagoas e atrai milhares de fiéis durante o novenário.
Petição de comerciantes de Rio Largo contra eventos religiosos em via pública gera polêmica
Um grupo de comerciantes do centro de Rio Largo iniciou uma petição solicitando o fim de eventos religiosos realizados em vias públicas da cidade. Segundo relatos, os signatários alegam prejuízos nas vendas durante as festividades, especialmente quando estruturas são montadas em frente aos estabelecimentos comerciais.
Contudo, nem todos os comerciantes compartilham dessa posição. Um empresário local, que preferiu não se identificar, afirmou que a iniciativa parte de apenas dois ou três lojistas e que não houve qualquer reunião coletiva para discutir o assunto. Segundo ele, a petição não representa a maioria.
A situação foi mencionada durante a celebração de Domingo de Ramos, quando o pároco da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, Cônego Bacilon Monteiro, abordou o tema diante dos fiéis. Ele foi enfático ao dizer que não irá se curvar diante das pressões e justificou a necessidade do uso do espaço externo da igreja: “O templo já não comporta o número de fiéis. Para celebrações maiores, é imprescindível utilizar a parte externa.”
O cônego também rebateu as críticas relacionadas ao impacto no trânsito e ao comércio local. Segundo ele, o tráfego é redirecionado adequadamente e os cidadãos conhecem os pontos comerciais da região. “As lojas não sofrem perda de vendas. Isso é perseguição à Igreja”, afirmou.
A tradicional Festa da Padroeira de Rio Largo, celebrada em 8 de dezembro, é considerada Patrimônio Imaterial de Alagoas e atrai milhares de fiéis durante o novenário. É uma das maiores manifestações religiosas do estado e um marco cultural no município.
Após sua fala, Cônego Bacilon foi aplaudido pelos presentes, evidenciando o apoio da comunidade religiosa diante da polêmica.
