Maceió

Casos de raiva em morcegos preocupam moradores do Litoral Norte de Maceió

A Secretaria Municipal de Saúde de Maceió (SMS) confirmou, nesta sexta-feira (9), três casos de raiva em morcegos encontrados mortos nos bairros de Cruz das Almas, Garça Torta e Guaxuma, localizados no Litoral Norte da capital alagoana. A descoberta acendeu um sinal de alerta entre as autoridades sanitárias e os moradores da região.

Segundo a SMS, os morcegos infectados foram levados para análise laboratorial após serem encontrados mortos por moradores. Os exames confirmaram a presença do vírus da raiva — uma doença infecciosa grave, com alta taxa de mortalidade e que pode atingir humanos e outros mamíferos.

Como medida de contenção, a Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ) de Maceió vai realizar, nos próximos dias, um mutirão de vacinação antirrábica em cães e gatos nas áreas afetadas. O objetivo é evitar a disseminação do vírus entre os animais domésticos e, consequentemente, sua transmissão para seres humanos.

A notícia gerou apreensão entre os moradores. Vinícius Palmeira, presidente da Associação dos Moradores do Loteamento Gurguri Guaxuma, demonstrou preocupação principalmente com os animais de rua. “A situação é preocupante. Foram vários morcegos mortos, o que acendeu o sinal de alerta. São animais inofensivos, mas vetores da doença. E os animais de rua? Quem vai vaciná-los? Quem vai se responsabilizar?”, questionou.

O que é a raiva?

A raiva é uma encefalite viral aguda que acomete todos os mamíferos, inclusive os seres humanos. A doença é quase sempre fatal após o aparecimento dos sintomas, com uma taxa de letalidade próxima de 100%. A principal forma de transmissão é pela saliva de animais infectados, principalmente por meio de mordidas, mas também por arranhões ou lambidas em mucosas e feridas abertas.

De acordo com o Ministério da Saúde, o período de incubação do vírus varia conforme a espécie contaminada. Em seres humanos, a média é de 45 dias, podendo ser menor em crianças. Já em cães e gatos, os sintomas evoluem rapidamente e o óbito geralmente ocorre entre cinco e sete dias após os primeiros sinais clínicos.

A SMS orienta a população a não manusear morcegos ou outros animais silvestres encontrados mortos e a acionar imediatamente a Vigilância Sanitária ou Zoonoses, além de manter a vacinação de cães e gatos em dia.

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