Alagoas

Alagoas lidera perda de empregos formais no Brasil no 1º trimestre de 2025

Estado fecha 12,7 mil vagas entre janeiro e março e tem o pior desempenho entre as unidades da federação

Dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) mostram que Alagoas teve o pior desempenho no mercado de trabalho brasileiro no primeiro trimestre de 2025. Entre admissões e desligamentos, o estado registrou um saldo negativo de 12.787 vagas de emprego formal entre janeiro e março.

Esse número coloca Alagoas no topo do ranking nacional de perdas, superando o Rio de Janeiro, que fechou 6.758 postos, e Mato Grosso, com menos 3.544 vagas. No sentido oposto, os maiores saldos positivos foram registrados por São Paulo (+34.864), Minas Gerais (+18.169) e Santa Catarina (+9.841).

Saldo negativo persistente

Ao longo do trimestre, Alagoas registrou 48.737 admissões e 61.524 desligamentos, refletindo a fragilidade do mercado de trabalho local. Março foi o mês mais crítico: o estado teve 14.042 contratações e 22.534 demissões, gerando um saldo negativo de -8.492 vagas, o pior do ano até o momento.

Na capital Maceió, o cenário também foi de retração: foram 7.797 admissões e 8.070 desligamentos, com perda de 273 vagas apenas em março.

Setores em queda e poucos destaques positivos

A construção civil foi o único setor a apresentar desempenho positivo no mês de março em Alagoas, com a criação de 321 vagas (2.104 admissões contra 1.783 desligamentos). Por outro lado, a indústria sofreu o maior impacto: apenas 1.489 contratações frente a 8.388 desligamentos, resultando em saldo negativo de -6.899 postos. No acumulado de 2025, o setor industrial já perdeu 12.384 vagas no estado.

Outros setores também apresentaram resultados negativos no mês:

  • Agropecuária: -1.178 vagas

  • Serviços: -674 vagas

  • Comércio: -62 vagas

Cenário nacional: crescimento mais lento

Apesar do desempenho negativo em Alagoas, o Brasil fechou o primeiro trimestre de 2025 com saldo positivo de 654.503 empregos formais, embora o número represente uma queda de 9,8% em relação ao mesmo período de 2024 (725.973 vagas).

Em março, foram criados 71.576 novos postos de trabalho em todo o país — uma redução expressiva de 83,6% em comparação a fevereiro.

Entre os cinco principais setores da economia, três registraram crescimento em março:

  • Serviços: +52.459 vagas

  • Construção: +21.946 vagas

  • Indústria: +13.131 vagas

Já o Comércio perdeu 10.310 vagas, e a Agropecuária, 5.644.

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